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Tontura ou Vertigem?

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Especialista em reabilitação vestibular explica as diferenças entre os sintomas que atingem cerca de 40% da população brasileira e destaca a importância de procurar um profissional especializado

Você já sentiu o mundo rodar? Ou ainda uma sensação de desequilíbrio inesperada?

Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, a tontura é o terceiro sintoma mais comum em pronto-atendimentos, ficando atrás apenas de queixas de febre e dor.

No Brasil, cerca de 40% da população relata os sintomas, geralmente classificados como tontura.

O que a maioria não sabe é que muitas vezes pode estar com vertigem.

Mas, afinal, existe diferença entre tontura e vertigem?

Gabriela Serrano Faria, fisioterapeuta parceira da Bem te quero 60+ e especialista em reabilitação vestibular, explica que tontura e vertigem são conceitos distintos e a diferença reside na maneira como o paciente descreve a sensação causada pelo sintoma.

De acordo com a profissional, a tontura pode se manifestar de diversas formas, incluindo a sensação de instabilidade corporal, desequilíbrio ou atordoamento, enquanto a vertigem, também chamada de tontura rotatória, se caracteriza por uma falsa sensação de movimentação do ambiente, como se as coisas estivessem rodando.

Acima dos 60 anos é fundamental ter atenção e cuidado com movimentos abruptos que possam desencadear tontura ou vertigem (como levantar-se rapidamente do sofá ou de uma cadeira), pois podem desencadear desequilíbrios e quedas.

De acordo com a fisioterapeuta, indivíduos que têm episódios de tontura ou vertigem devem buscar atendimento médico para investigação diagnóstica, uma vez que a tontura ou a vertigem não é a doença em si, mas um sintoma.

Estudos indicam que há mais de 300 tipos de tontura e mais de duas mil causas diferentes.

As tonturas relacionadas à pressão baixa estão associadas ao sistema cardiovascular e não necessariamente ao sistema vestibular – órgão sensorial que exerce um importante papel na manutenção do equilíbrio do corpo.

Os sintomas incluem sensação de fraqueza, desmaio, sudorese e visão escurecida.

Nestes casos é essencial consultar um cardiologista e realizar uma ampla investigação médica para avaliar as causas da hipotensão, pontua a especialista.

Já a vertigem geralmente está relacionada a problemas no sistema vestibular, que pode ser do labirinto em si ou de suas conexões cerebrais.

Cerca de 70% dos casos de vertigem são causados pela VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna), uma condição em que cristais no labirinto se deslocam.

O diagnóstico baseia-se na anamnese sugestiva, na qual são coletas informações e percepções do paciente e no exame físico direcionado, sendo o tratamento realizado por meio de manobras para reposicionar esses cristais.

Conhecer o diagnóstico é crucial para a eficácia do tratamento. A reabilitação vestibular desempenha um papel fundamental no gerenciamento dos sintomas e no processo de compensação vestibular. Os familiares e cuidadores de pessoas idosas devem acolher essa queixa, pois a tontura muitas vezes é considerada um sintoma comum do envelhecimento, mas não é! Trata-se de um sintoma incapacitante que gera impacto emocional, social e funcional no paciente, enfatiza Gabriela.

A fisioterapeuta lista cinco pontos de atenção:

  • Manter uma hidratação adequada;
  • Evitar períodos prolongados de jejum e manter uma alimentação balanceada, evitando álcool;
  • Observar atentamente as características da tontura para auxiliar em um diagnóstico preciso. Qual a sensação do sintoma? Há desequilíbrio? Sente pré-síncope ou atordoamento? Qual a duração das crises (minutos, horas, dias)? Há sintomas associados (zumbido, ouvido tampado, náuseas, vômito, quedas, dificuldade de marcha)?
  • Caminhadas ao ar livre são recomendadas, mas atenção ao risco de quedas;
  • Buscar a ajuda de um profissional especializado, pois idosos com tontura têm até 8 vezes mais risco de quedas.

 

OLHO, SE PRECISAR

“Conhecer o diagnóstico é crucial para a eficácia do tratamento. A reabilitação vestibular desempenha um papel fundamental no gerenciamento dos sintomas e no processo de compensação vestibular. Os familiares e cuidadores de pessoas idosas devem acolher essa queixa, pois a tontura muitas vezes é considerada um sintoma comum do envelhecimento, mas não é! …”

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