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⭐ Piracicaba, 6 de novembro de 2024 ⭐

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Vida afetiva para quem tem síndrome de Down: o que considerar?

Especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência explica que educação afetiva e sexual é essencial para todos, inclusive para quem tem T21

Quem tem T21, mais conhecida como Síndrome de Down, pode se relacionar afetiva e sexualmente? E isso só deve acontecer com alguém que também tem a síndrome

Segundo Patrícia Stankowich, psicanalista, psicóloga e especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência, quem tem T21 pode se relacionar com qualquer pessoa, ainda que, na maioria dos casos, venha a se relacionar com quem também tem a síndrome de Down.

Nossa jornada é repleta de aprendizados e descobertas, e uma das lições mais valiosas é que as melhores conexões acontecem quando abraçamos a diversidade. Então, um jovem com síndrome de Down pode encontrar alegria em compartilhar momentos especiais com adolescentes de todos os caminhos, criando laços verdadeiros e fortalecendo vínculos preciosos, afirma.

A especialista explica que a maioria das famílias tem dificuldade para conseguir perceber que o filho com T21 também tem desejos, necessidade de se relacionar com alguém e de ter uma vida sexual ativa.

E é claro que essa criança precisa desde cedo ser orientada, cuidada, estar em terapias, para que lá na adolescência a gente consiga conversar sobre sexualidade e ela consiga se apropriar de suas escolhas sabendo de si, de seus desejos e se relacionar de maneira afetiva e sexual com alguém que tenha a síndrome ou não, avalia.

Patrícia ressalta que a educação sexual é essencial para todos e, para as pessoas com síndrome de Down, não é diferente.

É importante falar aberta e honestamente sobre relacionamentos, consentimento, segurança e responsabilidade, além de garantir as terapias e apoio psicológico que a criança precisa para ter uma vida adulta com mais autonomia. Desta forma, depois de adulto, ele conseguirá ter relacionamentos sexuais e afetivos, complementa.

Sobre os relacionamentos afetivos acontecerem com pessoas que tenham ou não a síndrome, a psicóloga explica que é mais comum que casais sejam formados entre quem tem a T21, porém, essa condição genética não deve ser algo impeditivo para formação de vínculos e laços sociais.

Quando pensamos sobre isso, lembramos que na sociedade há muitos preconceitos, tabus e estereótipos em relação a pessoas que têm algum tipo de deficiência. É fundamental que essas questões sejam cada vez mais trabalhadas e melhor compreendidas, finaliza.

OLHO, SE NECESSÁRIO

É importante falar aberta e honestamente sobre relacionamentos, consentimento, segurança e responsabilidade, além de garantir as terapias e apoio psicológico que a criança precisa para ter uma vida adulta com mais autonomia. Desta forma, depois de adulto, ele conseguirá ter relacionamentos sexuais e afetivos