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⭐ Piracicaba, 26 de novembro de 2024 ⭐

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Bronquiolite em alta: médica pós-graduada em pediatria explica como identificar e prevenir

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A médica Ana Jannuzzi, que teve sua filha de dois meses internada por conta da doença, explica como a mudança a estação influencia no aumento de casos

Muitos estados vêm detectando um aumento considerável de casos de doença respiratória grave nas crianças (SRAG – síndrome respiratória aguda grave), com grande ocupação e consequente falta de leitos hospitalares infantis, especialmente de terapia intensiva (UTI). O Amapá, por exemplo, decretou, recentemente, situação de emergência em saúde pública no estado. Os principais vírus envolvidos nesses casos são os já conhecidos sincicial respiratório (VSR), influenza e o coronavírus da Covid-19, com maior destaque para o VSR, levando a doenças como a bronquiolite e pneumonia.

A bronquiolite causa infecções das vias respiratórias e dos pulmões e pode levar ainda a quadros de pneumonia. Entre os sintomas, estão: febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça e secreção nasal. A médica com pós-graduação em Pediatria, doutora Ana Jannuzzi, que inclusive passou por uma experiência recente de ter sua filha de dois meses internada por conta da doença, alerta às famílias para o aumento de casos e os cuidados, principalmente nessa época do ano.

“Normalmente a doença está associada aos períodos mais frios do ano, como no Outono e no Inverno. O que temos visto é que a infecção tem afetado as crianças pequenas desde o fim do ano passado. A bronquiolite pode levar a quadros graves e até causar a morte de pacientes com menos de 2 anos, em especial os prematuros e as crianças que vivem com doenças crônicas. Minha bebê ficou internada, e os sinais de alerta foram que a frequência respiratória dela ficou alterada e ela tinha dificuldade de respirar. Levamos imediatamente ao hospital para ela iniciar o tratamento”, revela Ana Jannuzzi.

Segundo a médica, às famílias devem ficar atentas para caso a criança comece a apresentar febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, além de lábios e unhas arroxeados. Além disso, diante desse quadro, é importante que os cuidadores busquem auxílio médico para verificar a necessidade de internação. Mesmo sendo muito frequente, a gravidade da doença é considerada baixa. Isso porque, de cada 100 casos de bronquiolite, a estimativa é que 10 crianças precisarão de internação. E, desses 100 casos, apenas 1 vai precisar de suporte da UTI.

Ana Jannuzzi explica que para prevenir a bronquiolite é necessário tomar os seguintes cuidados: “o mais importante para a prevenção é evitar contato com o vírus. Ou seja, evitar locais fechados, ficar próximo a quem está com sintomas respiratórios, lavar bem as mãos, em especial quando for pegar o bebê. No entanto, é bem complicado, prevenir a doença, principalmente se a criança tiver irmãos mais velhos, que frequentam creche, por exemplo, e de um jeito ou de outro vão acabar estando em contato com vários vírus. Dessa forma, o que ressalto é que, as famílias fiquem atentas aos primeiros sinais da bronquiolite, para buscar o tratamento imediato”, finaliza a médica.