Asustentabilidade nunca esteve tão ligada ao vestuário como nos últimos anos, e a conscientização do descarte e a redução de lixo fazem parte do novo fashion.

De acordo com pesquisas, estima-se que anualmente cerca de 50 milhões de toneladas de roupas vão para aterros sanitários. Além disso, durante o processo de corte do tecido em confecções há uma perda de 10% do material, chegando a aproximadamente 170 mil toneladas de resíduos têxteis somente no Brasil”, diz Fernando Fray Espanha, tradutor, técnico em estilismo e coordenador de moda.

Segundo o estilista, a indústria têxtil é um dos setores mais poluentes existentes atualmente e o descarte inadequado destes resíduos tem contribuído para o avanço da degradação do solo e pode trazer consequências graves ao longo dos anos. Diante de diversas crises ambientais, o reaproveitamento não somente de retalhos, como também borrachas e materiais recicláveis em geral, tem ganhado força na confecção de roupas, acessórios e calçados, contribuindo consideravelmente na diminuição desse agravante.

A técnica nomeada Upcycling se torna um fator totalmente positivo, uma vez que não envolve o uso de aditivos químicos durante todo processo de confecção. Marcas como Acorda, Re-Roupa e outras, trazem consigo essa pegada consciente através de peças confortáveis e descontraídas para o dia a dia. A coleção mais recente que carrega esse benefício é a da Re-Roupa, desfilada recentemente no evento Casa de Criadores. A marca trouxe para a 45ª edição da semana de moda roupas de shape urban com direito a mix de texturas e estampas, além da cartela de cores que vai dos tons terrosos ao vibrante azul e vermelho”, conta Fray.