Um dos primeiros cientistas a introduzir a química na medicina, Paracelso dizia que “a diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. Já o chamado pai da medicina, Hipócrates, afirmava que “tudo em excesso é prejudicial”. Partindo dessas considerações, existem vários estudos que relacionam o consumo de café moderado com longevidade, melhora de condições de saúde física e mental, além de contribuir na redução de riscos de doenças. A Café Morro Grande listou sete motivos para consumir a bebida diariamente.

1 – Melhora o desempenho cognitivo: o café contém cafeína, um estimulante que pode ajudar a melhorar o desempenho cognitivo, incluindo a memória, o tempo de reação e a atenção.

2 – Aumenta a energia e a resistência física: a cafeína no café também pode ajudar a aumentar a energia e a resistência física, o que pode melhorar o desempenho atlético e ajudar a reduzir a fadiga.

3 – Possui ação de antioxidantes: o café contém uma grande quantidade de antioxidantes, que são substâncias que ajudam a proteger as células do corpo dos danos causados pelos radicais livres. Esses antioxidantes podem ajudar a reduzir o risco de várias doenças, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer.

4 – Reduz o risco de doenças crônicas: Pesquisas mostraram que o consumo regular de café pode estar associado a um menor risco de doenças crônicas, incluindo cardíacas, diabetes tipo 2, doença de Parkinson e Alzheimer.

5 – Melhora o humor: a cafeína do café ajuda a melhorar o humor e reduzir os sintomas de depressão. Além disso, o simples ato de tomar uma xícara de café alivia o estresse e promove uma sensação de bem-estar.

6 – Afirmação de identidade cultural e sociabilidade: o consumo do café não deve ser visto apenas pelo viés funcional. Existem muitos fatores culturais e sociais envolvidos, que reforçam a identidade de um grupo e promovem sua sociabilidade. Esses componentes são importantes para a saúde mental, bem-estar e felicidade das pessoas.

7 – É minimamente processado: o Guia Alimentar para a População Brasileira é um documento oficial com recomendações para uma alimentação adequada e saudável. O cafezinho, tradição no Brasil, está na lista dos alimentos que são minimamente processados, ou seja, produtos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria. No caso do café, apenas a torração e a moagem, sem absolutamente nada acrescentado. Deste modo, integram a base de uma alimentação saudável.

Benefícios gerais

A editoria Viver Bem, do portal digital UOL, pontuou alguns estudos sobre o papel benéfico da cafeína para minimizar a celulite, reduzir o risco de ter gota; proteger do câncer de próstata; ajudar no controle da pressão arterial; e fazer viver mais.

Na reportagem, a professora do Departamento de Nutrição da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Michelle Galindo, comenta que não é apenas o consumo da cafeína que determinará a redução de doenças. Segundo ela, o café deve fazer parte de um conjunto.

A cafeína é um estimulante natural. Já está amplamente comprovado que a substância atua no cérebro. Sua principal forma de ação é por meio da inibição da adenosina, um neurotransmissor que é responsável por promover a sonolência e o relaxamento cerebral. Quando a cafeína é consumida, ela se liga aos receptores de adenosina, bloqueando sua ação e, consequentemente, aumentando a atividade dos neurotransmissores excitatórios, como a dopamina e a noradrenalina.

Também pode aumentar o metabolismo cerebral, melhorando o fluxo sanguíneo e a atividade neuronal em áreas específicas do cérebro associadas à atenção e ao processamento cognitivo. Por isso, o consumo de café está associado à melhora o estado de alerta e a concentração, ajudando também a reduzir a fadiga mental; aumento da energia e resistência física; melhora do humor, aumentando a sensação de bem-estar e reduzindo os sintomas de depressão; e até mesmo do aumento do metabolismo e a queima de gordura.

Estudos sugerem que o consumo moderado de café pode estar associado a uma maior longevidade. Por exemplo, uma revisão de estudos publicada em 2017 na revista Circulation concluiu que o consumo de 3 a 5 xícaras de café por dia estava associado a um menor risco de morte por várias causas – incluindo doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes tipo 2 e Parkinson.

Quantidade ideal

De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, a ingestão segura para a maioria dos adultos é de até 400 miligramas, o que equivale a cerca de cinco xícaras grandes de café (180ml). Vale ressaltar que o teor de cafeína pode variar de acordo com o tipo de café, o método de preparo e o tamanho da xícara.