É ótimo ser próximo de amigos, familiares e parceiros, assim como saber que sempre terá alguém para conversar e se divertir. Essas relações precisam ser saudáveis porque, se ocorrer um término de namoro ou uma briga séria e a dependência emocional for muito forte, as pessoas não vão saber lidar com o possível distanciamento e outras consequências.
O dependente emocional busca a aprovação e a validação de outras pessoas. Geralmente, ele dá mais importância para as necessidades e sentimentos dos outros e apresenta uma baixa autoestima. Essas atitudes são comuns porque existe o desejo de se sentir importante e adorado. O dependente sempre estará em busca de uma segurança emocional”, explica Márcia Karine Monteiro, neuropsicopedagoga, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia do Uninassau – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista.
A necessidade de ser amado, a insegurança extrema e a falta de afeto recebidos na infância são alguns fatores presentes em um dependente. Ou seja, ao encontrar alguém que o faça se sentir importante, ele fica mais “completo” e não aceita perder a pessoa em algum momento da vida, pois tem medo de ficar sozinho novamente e nunca mais ser valorizado.
A sensação de não conseguir viver longe de uma pessoa e precisar dela vinte e quatro horas ao seu lado é doentio. Os dependentes devem ser orientados sobre seu problema, pois muitos não têm consciência do que fazem, e ir em busca de ajuda psicológica. Conversando com um profissional, é possível se livrar da dependência emocional aos poucos. É um processo demorado que requer o paciente superando seus medos e tendo amor-próprio”, finaliza Márcia.