Como as negociações com os bancos ainda não avançaram no sentido de atender às reivindicações da categoria, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região (SINDBAN) realizou na manhã desta quarta-feira (24), ato na frente do Itaú Centro, no sentido sensibilizá-los. A data-base nacional dos bancários é 1 de setembro.
Bancários pedem a reposição do INPC, mais aumento real de 5% e aumento maior nos Vale Refeição e Vale Alimentação. “A inflação acumulada dos gêneros alimentícios ultrapassou os 15% nos últimos 12 meses. Nosso poder de compra diminuiu muito, por isso pedimos a reposição maior nos vales”, comenta Angela Savian, presidenta do Sindban em exercício.
Assembleia – Após treze rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban ainda não houve um acordo satisfatório. Mesmo assim já está marcada para esta sexta-feira (26), às 18h, no Salão de Cristal do Clube São José, no centro de Piracicaba, Assembleia Geral Extraordinária para avaliar a campanha salarial e as negociações até o momento.
Lucros – Somado o lucro dos cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) chega a R$ 56,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2022, crescimento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com rentabilidade de 18%.
PLR – É preciso também avançar na proposta da PLR. Os lucros dos maiores bancos do país acumulam em média, desde 1997, ganhos reais de 359% em relação à inflação acumulada.
Isso significa que o ganho médio das instituições financeiras superou em mais de quatro vezes e meia a inflação no período.
Os bancários, por sua vez, também conseguiram chegar a acordos coletivos com reajustes acima da inflação nesse mesmo o período. Mas o ganho real dos salários ficou em 126% – um terço do ganho real dos lucros dos bancos. Ou seja, tem muito espaço para que os bancos melhores a proposta para a PLR.
Assédio Moral – A categoria sofre com o estabelecimento de metas inatingíveis e a cobrança abusiva pelo seu cumprimento. Até o levantamento apresentado pelos bancos constata maior adoecimento mental e físico dos bancários na comparação com outras categorias. Mas, os bancos insistem que o adoecimento não tem origem na cobrança de metas.
Principais reivindicações dos bancários
Inflação, mais aumento real
Garantia de empregos
Manutenção da regra para PLR, atualizada pelo índice de reajuste
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral