Desde 2018

⭐ Piracicaba, 15 de junho de 2025 ⭐

[wp_dark_mode style="3"]

Publicidade

Integrantes do PCC são condenados por tentar matar policial em 2014

Juri Popular

Tiro foi dado à queima roupa, pelas costas e a vítima não teve chance de defesa

Três homens foram condenados a penas de 14 anos e 15 anos de prisão pela tentativa de assassinato de um policial militar em frente a um supermercado no bairro Jaraguá, em 2014. O policial foi atingido na cabeça por um disparo de arma de fogo. O tiro foi dado à queima roupa, pelas costas e a vítima não teve chance de defesa. Ele não estava em serviço.  O crime foi planejado e cometido pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que já havia assassinado o sargento Arnaldo Francisco de Britto, no dia 14 de julho de 2014. Os crimes foram cometidos em represália à morte de um homem no bairro Bosques do Lenheiro em confronto com a Polícia Militar, no dia 12 de julho daquele ano.

Análise dos fatos demonstra que os agentes possuem uma personalidade agressiva, covarde e irresponsável, além de terem demonstrado frieza em sua empreitada, patenteando intensa violência na prática delitiva”, escreveu o juiz na sentença.

Por já possuir antecedentes criminais, dois deles foram condenados a 15 anos e seis meses de prisão e o outro foi condenado a 14 anos. Mas eles também já tiveram participação no assassinato do sargento. Os réus já estavam presos preventivamente e assim permanecerão. Eles têm direito de recorrer da sentença, mas reclusos.

Como foi o crime

A tentativa de homicídio ocorreu no dia 25 de agosto de 2014, por volta das 19h25, na Avenida Madre Maria Teodora. Além dos três condenados, outros criminosos foram identificados como participantes do crime. A investigação do caso foi feita pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) com uso de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente.

Uma testemunha narrou o que aconteceu.

Disse que de repente ouviu um estalo, acreditou que era um motoqueiro, mas se equivocou. Percebeu que era um disparo de arma de fogo e presenciou o momento em que a vítima foi atingida na cabeça e caiu no chão. Pessoas entraram correndo no mercado e as portas do estabelecimento se fecharam, outras pessoas correram pelo quarteirão. Tentou tirar a criança que a acompanhava do local, mas ela não conseguia de locomover, pois começou a chorar. O autor do disparo correu e parou na sua frente, disse a ele que não atirasse na criança, mas nela, a testemunha. Disse que em seguida jogou, a depoente, a criança no chão, ocasião em que o atirador correu e virou o quarteirão. Descreveu o atirador como uma pessoa que usava um capuz e um boné e segurava a arma com a mão esquerda. A pessoa que atirou chegou pelas costas da vítima e atirou. Foram dois tiros que ouviu”, consta na sentença de pronúncia.

O ataque ao policial militar no Jaraguá fez parte de uma ação planejada pela organização criminosa como represália pela morte de um homem apelidado de Pedreiro no bairro Bosques do Lenheiro no dia 12 de julho de 2014. A investigação apontou que a organização determinou que a cada integrante morto em confronto com a Polícia, dois policiais deveriam ser assassinados. No dia 14 de julho, o sargento Britto foi assassinado na porta de um restaurante na avenida Independência.

Publicidade