O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora de Piracicaba voltou a ser prestado pela Pasca desde o início do mês de junho, e as estratégias de trabalho para o segundo semestre foram definidas em reunião na Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), no último dia 25. A proposta é que as ações ocorram a partir de diálogo permanente entre a coordenação do Serviço e a secretaria.

Entre as prioridades, o grupo elencou a divulgação constante do Serviço, a fim de ampliar a captação de novas famílias acolhedoras, e o prosseguimento das dinâmicas de capacitação dessas famílias. Também foi acertada a realização do V Seminário Municipal sobre Família e Desenvolvimento Infantojuvenil, em outubro, quando se pretende aprofundar a discussão sobre acolhimento e inovações propostas.

O Serviço proporciona o acolhimento familiar a crianças e adolescentes que necessitem ser afastados de sua família de origem como medida de proteção. Com o amparo de decisão judicial, a família acolhedora passa a ter a guarda provisória da criança ou adolescente e assume os cuidados relacionados à convivência, alimentação, educação e saúde, entre outros.

Trata-se de direito previsto na Constituição e no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), com a vantagem de que as crianças e os adolescentes beneficiados têm garantia de acesso à convivência familiar e comunitária. Além disso, a família de origem recebe acompanhamento assistencial e psicológico, e com isso é possível construir condições para o retorno da criança.

As famílias interessadas no acolhimento devem cumprir requisitos legais, como tempo de residência na cidade e não interesse em adoção, e ainda participar de atividades de capacitação oferecidas pela Pasca.  A iniciativa contempla as múltiplas formas de relações familiares, como as monoparentais (uma pessoa só) e homoparentais (pessoas do mesmo sexo) e também o suporte da chamada família expandida (parentes e amigos).

Atualmente, contabiliza-se cerca de 76 acolhimentos desde a implantação do Serviço na cidade e há 18 famílias acolhedoras cadastradas. A Pasca já foi responsável pela sua execução, entre 2014 e 2017, quando foram realizados 48 acolhimentos, com média de permanência de cinco meses. No período foram feitos 38 desacolhimentos, com 48% de reintegrações em famílias de origem ou extensa e 52% de envio para famílias adotivas.

Participaram da reunião a secretária da Smads, Euclídia Fioravante, a assistente social Veridiana Ricci, diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria, a coordenadora do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora de Piracicaba, Natália Navarro, e a coordenadora de Projetos da Pasca, Patrícia Dutra.

Mais informações podem ser obtidas na Pasca, pelos telefones 3411-2000 (ramal 153) e (19) 98953-0237 (Whatsapp) ou pelo e-mail familiaacolhedora@pasca.org.br.