Definição:
É uma doença que afeta os nervos das extremidades do corpo. Ela também é conhecida por ser um distúrbio que resulta em danos ao sistema nervoso periférico (SNP).
O SNP conecta os nervos do sistema nervoso central ao resto do corpo (membros, articulações, órgãos).
Os nervos periféricos são responsáveis por levar informações das zonas periféricas do corpo ao sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).
Portanto, os nervos daquele que possui a neuropatia periférica não realiza essa comunicação corretamente, originando as sensações e sintomas da doença, variando conforme o nervo afetado.
Essa não é uma doença muito comum, ela afeta mulheres e homens de todas as faixas etárias, porém são mais frequentes em indivíduos com mais de 40 anos de idade. Estima-se que aproximadamente 5% da população sofram de alguma neuropatia periférica, mas esse número pode subir para mais de 20% entre pessoas após os 70 anos. (Fonte: https://drfabiohirata.com.br/).
Causas:
- Diabetes;
- Má nutrição;
- Insuficiência renal;
- Alcoolismo crônico;
- Doenças autoimunes;
- Distúrbios hereditários;
- Anormalidades proteicas;
- Tratamento de quimioterapia;
- Exposição a produtos químicos / tóxicos;
- Uso de medicamentos de tratamento para câncer e HIV.
Doenças autoimunes também podem causar a neuropatia periférica, portanto, se o paciente possui lúpus, artrite reumatoide ou síndrome de Sjögren é importante ficar atento aos sintomas.
Citamos as possíveis causas da neuropatia, no entanto, há casos em que não se sabe a causa, sendo denominado de neuropatia idiopática.
A neuropatia periférica pode demorar anos ou meses para se desenvolver e alarmar esses sintomas. A maneira como esse desenvolvimento ocorrerá dependerá do tipo de nervo danificado e o que o causou
Sintomas:
Os sintomas mais frequentes de neuropatia periférica são:
- Fraqueza;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Perda de sensibilidade nas extremidades, principalmente pés e mãos;
- Perda de massa muscular (atrofia);
- Dor espontânea.
Esse conjunto de sintomas leva o paciente a queixar-se de diminuição da energia e da mobilidade. Se a doença evoluir, ele corre mais risco de sofrer quedas, dificuldade para ficar em pé ou andar.
Se nervos que controlam as funções de digestão, frequência cardíaca e pressão arterial forem afetadas, é provável que o paciente sinta também intolerância ao calor, problemas digestivos e tonturas.
Ainda, com o avanço da doença, nervos como da respiração e bexiga podem ser afetados.
Tipos de neuropatias:
A neuropatia periférica pode afetar diferentes nervos, gerando dois tipos diferentes de neuropatia.
- Polineuropatia: afeta múltiplos nervos.
- Mononeuropatia: um grupo nervoso é afetado de cada vez. Esse tipo é causado por trauma, compressão local, pressão prolongada e/ou inflamação.
Diagnóstico:
É feito por um médico neurologista que através de uma anamnese, além de realizar uma avaliação neurológica.
No entanto, há a possibilidade da realização de outros exames para ter a certeza do resultado e qual o tipo de neuropatia periférica apresenta o paciente, como testes eletrodiagnósticos e eletromiografia (EMG).
Esses testes irão medir a atividade elétrica de músculos e nervos, e a velocidade de condução nervosa (VCN).
Outras opções como: biópsia nervosa, punção espinhal e ressonância magnética.
Tratamento:
- Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos e anticonvulsivantes podem auxiliar no alívio da dor moderada. Sempre através de prescrição médica;
- Mudança de hábitos: parar de fumar; evitar o excesso de álcool; faça exercícios físicos regulares; opte por uma alimentação saudável e equilibrada.
Uma atenção especial aos diabéticos:
- Cuidar dos pés e mãos. Opte por meias de algodão e sapatos acolchoados.
- Monitorar os níveis de glicose.
Fisioterapia:
A neuropatia periférica pode ter seus sintomas minimizados, quase revertidos, se as causas forem nutritivas, de hábitos e inflamação em nervos.
- Alívio da Dor:técnicas como terapia manual, exercícios terapêuticos e métodos de alívio da dor, como a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), podem ser utilizados para reduzir a dor;
- Melhoria da Sensibilidade e Sensação: exercícios específicos e técnicas de estimulação podem ajudar a restaurar a sensibilidade em áreas afetadas pela neuropatia;
- Fortalecimento e Condicionamento Muscular:exercícios para fortalecer os músculos enfraquecidos e melhorar a resistência geral;
- Melhoria do Equilíbrio e Coordenação:treinamento de equilíbrio é vital para prevenir quedas, um risco comum em pessoas com perda de sensibilidade devido à neuropatia;
- Facilitação da Mobilidade:estratégias e dispositivos auxiliares podem ser recomendados para facilitar a mobilidade e aumentar a independência.
Benefícios da Fisioterapia:
- Controle da Dor:alívio significativo da dor através de técnicas terapêuticas;
- Prevenção de Lesões:redução do risco de lesões devido à perda de sensação;
- Aumento da Mobilidade:melhoria na capacidade de realizar atividades diárias;
- Melhoria da Qualidade de Vida:aumento da independência e bem-estar geral;
- Educação e Autogerenciamento:fornecimento de estratégias para o manejo dos sintomas em casa.
A prevenção é o melhor caminho!
Cuide-se, seu corpo agradece!