Documento foi rejeitado por 4 votos a 3; relatório previa 16 indiciamentos, incluindo nomes ligados a influenciadores digitais e casas de apostas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, informalmente apelidada de “CPI das Bets”, rejeitou nesta quarta-feira (12) o relatório final que propunha o indiciamento de 16 pessoas, incluindo influenciadoras de grande alcance nas redes sociais, como Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra.
O documento, apresentado na véspera (11) pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), foi derrotado por 4 votos a 3 entre os membros da comissão.
O relatório previa responsabilizações relacionadas à suposta promoção indevida de casas de apostas e esquemas de aliciamento virtual, incluindo nomes como:
Virgínia Fonseca
Deolane Bezerra
Adélia Soares
Pamela Drudi
Além de empresários e representantes do setor de apostas online
Contexto do Relatório
A senadora Soraya Thronicke justificou os pedidos de indiciamento com base em depoimentos e documentos colhidos ao longo da investigação parlamentar, que buscava identificar ações irregulares de marketing, propaganda enganosa e omissão de riscos envolvendo apostas online e influenciadores digitais.
O texto também sugeria a criação de mecanismos de regulação mais rígida para o setor e maior transparência na relação comercial entre influenciadores e plataformas de apostas.
Repercussão
A rejeição do relatório provocou reações nas redes sociais, especialmente por envolver nomes com milhões de seguidores e forte presença no marketing digital.
Apesar da repercussão pública e do apoio de parte da opinião pública ao endurecimento das regras, a maioria dos parlamentares optou por não aprovar o parecer, o que encerra os trabalhos da CPI sem responsabilizações formais.
A CPI das Bets foi criada no Senado para apurar denúncias de manipulação de resultados esportivos e irregularidades na divulgação de plataformas de apostas, especialmente por parte de personalidades da internet.
Com a rejeição, os pedidos de indiciamento não serão encaminhados ao Ministério Público, encerrando o processo na esfera legislativa.