Desde 2018

⭐ Piracicaba, 28 de maio de 2025 ⭐

[wp_dark_mode style="3"]

Publicidade

Gripe aviária: mais de 20 vacinas emergenciais já foram licenciadas globalmente

covid-ainda-vida-com-vacina (1)

Imunizantes contra o vírus H5N1 foram aprovados em caráter emergencial por ao menos dez países e estão sendo estocados como medida preventiva

Em resposta ao avanço global do vírus da gripe aviária H5N1 e ao temor de uma nova pandemia, ao menos dez países aprovaram vacinas contra a cepa em caráter emergencial e iniciaram sua estocagem como medida preventiva.

A decisão reflete a preocupação com o potencial de transmissão do vírus para humanos e com sua crescente presença em diferentes espécies animais.

Estratégias internacionais de contenção

O Reino Unido adquiriu cerca de cinco milhões de doses de vacina contra o H5N1, enquanto o Canadá firmou acordo para garantir 500 mil doses iniciais do imunizante Arepanrix, voltadas para trabalhadores rurais e profissionais de saúde.

Na Finlândia, a vacinação já foi iniciada entre trabalhadores agrícolas com doses provenientes de um acordo europeu com a farmacêutica CSL Seqirus.

Nos Estados Unidos, o governo mantém estoques estratégicos de vacinas aprovadas contra o H5N1, destinadas prioritariamente a grupos de risco.

A União Europeia, por sua vez, homologou quatro vacinas preparatórias para cenários de pandemia: Foclivia, Adjupanrix, Incellipan e um imunizante da AstraZeneca.

Todas são adaptáveis a possíveis mutações virais e poderão ser aplicadas de forma ampla, caso o vírus evolua para transmissão sustentada entre humanos.

Brasil fortalece vigilância e prepara imunizante nacional

No Brasil, o Ministério da Saúde trabalha na formação de um estoque de vacinas e no desenvolvimento de um plano nacional de contingência.

O Instituto Butantan, referência em imunobiológicos, já iniciou a produção de uma vacina específica contra o H5N1, baseada no monitoramento genético de cepas com maior risco pandêmico.

Segundo especialistas, a ação preventiva é fundamental para evitar os impactos enfrentados durante a pandemia de Covid-19. Embora o H5N1 ainda não apresente transmissão sustentada entre humanos, sua capacidade de infectar mamíferos — incluindo bovinos nos Estados Unidos e cavalos na Mongólia — preocupa cientistas e autoridades sanitárias em todo o mundo.

Ameaça em evolução

O H5N1, subtipo da influenza A, está amplamente disseminado entre aves silvestres e domésticas e já causou surtos com alto índice de mortalidade.

Apesar de raros, os casos em humanos são frequentemente graves, com taxa de letalidade superior a 50%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A comunidade científica acompanha de perto mutações genéticas do vírus que possam facilitar sua adaptação ao organismo humano.

A possibilidade de um salto evolutivo acende o alerta para uma resposta global coordenada.

 

Publicidade